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terça-feira, 24 de maio de 2011

Meeting

Uma das coisas mais legais esta sendo conhecer a cultura americana, muito alem dos carroes e mansoes ou das comidas e da lingua. Hoje, por exemplo, fui a um clube do qual a minha host mae e uma das conselheiras. O grupo e' composto de mulheres que tem negocios. Elas reunem-se mensalmente para discutir problemas e estrategias dos seus negocios. O interessante e que ha apenas um membro de cada profissao. Por exemplo, ha apenas uma medica, uma veterinaria, uma designer de interior. Para entrar no grupo voce precisa ser convidada por outra integrante que ja tenha dois anos de grupo. Minha host mae e uma das conselheiras, entao, ela e o conselho se reunem tambem uma vez por mes. O clube tem cerca de 90 pessoas e surgiu ha 35 anos. Ha ainda hoje mulheres que estao na ativa desde a fundacao do clube. Algumas delas, sao avessas as mudancas. Quando uma delas deixam de ter seus negocios, ou se aposentam, elas podem continuar participando do grupo, mas devem abdicar da sua posicao unica na cadeia da profissao, sendo assim, quando uma engenheira se aposenta, outra engenheira pode ser convidada para ingressar no clube. A ideia e mesmo ter um networking avancado e e' muito melhor do que uma comunidade do Orkut, pois e' feito de pessoas reais. Minha host mae me ensinou uma coisa muito legal hoje, ela disse: e' preciso doar para receber, por exemplo, eu doei meu tempo para a fotografa profissional que temos no clube para que ela pudesse fazer um book com as minhas fotos de dancarina de flamenco, entao, pode ser que alguem veja esse portfolio dela e precise de um grupo de flamenco para alguma apresentacao e essa pessoa podera entrar em contato comigo.
Enfim, adorei a reuniao com o conselho do clube. As ladies eram todas bonitinhas sabe? Terninho, cabelo arrumado, muita maquiagem e aquela mesa gigante de madeira bem encerada, como nos filmes. Nao sei se foi uma mera coincidencia, mas uma das coisas que notei foi que havia apenas uma negra entre o grupo, que tinha nove membros.
A reuniao foi feita em um dos bairros mais caros de Houston no escritorio da presidente, que e' uma designer de interiores. Tudo la era lindo! Tirei algumas fotos, depois posto aqui.

 Essa e uma das fotos do book da minha mae, que foi feito por uma integrante do clube que e' fotografa prossional e precisava de modelos para ampliar o seu portfolio.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Curiosidades

Sei que estou devendo o post de domingo, mas infelizmente não deu para fazê-lo ainda. Vou postar uma nota rápida sobre algumas curiosidades dos EUA.

Quando você está dirigindo na estrada e está sozinho no carro você deve permanecer à direita, caso contrário, tem que pagar uma multa - em uma cabine tipo um pedágio, que fica logo em frente. Há pessoas que optam por pagar, como a minha host mammy. Ela tem um adesivo no carro que identifica isso e toda vez que ela passa pelo lado esquerda da pista, eles debitam do crédito dela. O preço é algo em torno de $1.50, depende da estrada. Como hoje eu fui para o trabalho com ela, ela passou pelo lado esquerdo for free! rs É interessante porque eles fazem isso para diminuir o trânsito, mas o trânsito daqui comparado ao do Anel Rodoviário, nem te conto...
Outra curiosidade do dia, mas que já citei aqui no blog é o fato de eles venderem absorventes no banheiro. Encontrei um outro reservatório no banheiro do Papa's Restaurante, onde almocei hoje. O bacana é que há opção de comprar o absorvente normal e o OB.


Pra terminar, meu almoço e jantar.


Prime rib of beef with barbecue sause, salad and pasta. For drink: Ice tea.


Jantar que meu host daddy fez com todo carinho pra gente: fishes! Minha mãe preparou a guacamole e comemos com Fritos.

domingo, 22 de maio de 2011

Saturday in Houston

Ontem o meu dia foi intenso, na parte da manhã meu pai preparou um delicioso café da manhã pra mim: yogurt with strawberrys and coffe with cream. It was amazing! Ele adora coisas naturais, então, eu realmente espero não engordar nas duas semanas que ficarei na casa deles. Depois do café, assistimos televisão por um tempo e ele providenciou um "almoço" que ele chamou de snacks porque iríamos jantar, teoricamente, cedo, às 16h30. O almoço foi barbecue with beans. Depois disso, nos aprontamos, pois tínhamos um jantar com os irmãos do meu pai e uma apresentação de ballet, em Woodlands.

Antes de chegar ao restaurante, nos fomos a um monumento muito bonito chamado Watter Wall Park. Lá encontrei um grupo de pessoas com trajes típicos de festa e minha mãe explicou que deviam ser mexicanos, porque há um costume de quando a menina faz 15 anos ela tem uma festa, como a do Brasil de debutante. No caminho até esse monumento, passei em frente ao condomínio onde mora o ex-presidente dos EUA, George W. Bush (o pai). 








No jantar, conheci a irmã do meu pai ela é muito simpática. Uma típica americana de filme, parece aquelas avós bonitinhas, sabe? Ela acabou de chegar do Canadá e estava supercontente porque a neta dela está morando em Paris, para ficar um mês estudando fotografia e aprimorando o francês (que, segundo ela, já é fluente). A neta dela tem 18 anos e já morou na África do Sul, Canadá, Guatemala e pelo menos mais uns cinco países que eu nem lembro mais quais eram. Para comer, tivemos um pãozinho com azeite e orégano de entrada, depois uma salada tradicional da casa e minha mãe dividiu comigo um prato de spaghetti com camarões, cogumelos e vegetais. Estava incrível e, mesmo dividindo a comida, era muita. O irmão do meu pai é médico e está procurando por trabalho nos EUA, ele acabou de voltar da Autrália, por onde viveu por 20 anos.



Depois do jantar, fomos a uma apresentação de ballet das netas de uma antiga cliente do meu pai, a Jullie. Ela é um doce de pessoa também. Fez a maior questão de mim, perguntou sobre o Brasil e disse que estava ansiosa para me conhecer. A apresentação foi linda e aconteceu em um auditório de uma High School, na cidade de Woodlands. O lugar é muito grande e bonito também. Uma das curiosidades é que no banheiro feminino você pode comprar absorvente, fica em uma máquina, como as de café e refrigerante, você coloca uma moedinha e sai o absorvente. Simples assim!




sábado, 21 de maio de 2011

TV room

Na volta pra casa, ficamos assistindo televisão. Todas as sextas-feiras eles assistem um programa, que foi o que deu origem ao Aprendiz, no Brasil, (pelo que minha mãe explicou), mas excepcionalmente nesta sexta o programa não estava passando. Eu quase dormi assistindo televisão pois estava bastante cansada. Meu host pai me emprestou o computador dele para que eu pudesse me comunicar com o Brasil. Usei pouco e fui dormir. Antes disso, porém, liguei para a minha mãe no Brasil que já estava morrendo de saudades e preocupação.

Fiesta!



Fomos ao supermercado para comprar suco de laranja. Tinha muita coisa diferente por lá, um legume “mutante” que parecia um chuchu híbrido com maxixe, pois tinha o formato de chuchu e era todo cheio de espinhos. Vi beterraba e mostrei para os meus host pais  que eu não gosto mesmo da tal coisinha roxa. Meu host pai é muito culto e me explicou a origem do cajun. Ele disse que era tradicionalmente é um tipo de comida apimentada conhecida apenas no Canadá, pelos franceses que moravam naquele país, daí eles se mudaram para o norte dos EUA e trouxeram esse alimento para cá. 

Barbecue

No caminho de volta, meu host pai me levou para conhecer um churrasco texano. A churrasqueira é simplesmente enorme, e ele me disse que há outras 20 vezes maior. Elas são tradicionalmente usadas para fazer concursos de quem assa mais carne ao mesmo tempo. O churrasqueiro me explicou que ele já ganhou um troféu e que ele costuma assar apenas carne de boi e de porco, porque a de frango não fica tão boa. É interessante, porque não dá pra imaginar o nosso churrasco brasileiro sem asinha, coxa e coração de frango.

First meal with my host family


Na chegada do restaurante já fiquei toda empolgada, meus host pais são superpopulares por lá. Da recepção ao garçom todos cumprimentaram a gente e fizeram a maior questão de me conhecer. Eu era apresentada como a nova filha! rs. O restaurante chama-se Tony’s  Mexican Restaurant e eu não pude deixar de fazer o trocadilho com o meu sobrenome – Otoni. Meu host pai adorou e disse que era o lugar certo para me levar. Eles me fizeram experimentar margheritas, me lembrou bastante o frozen no Brasil. É claro que existem margheritas no Brasil, mas eu não sou fã de bebida destilada, então nem tinha experimentado. Para o jantar, comi um prato tradicional do México – que tinha arroz e feijão (igualzinho tutu) e a carne enrolada em uma massa que me lembrou panquecas.




First Host Family


Eu estava bastante ansiosa para conhecer a minha família, não sabia se eles iriam gostar de mim, se eu estaria a vontade para conversar com eles e se eles me acolheriam bem. Meu Deus! Que surpresa boa eu fui ter. Eles são, simplesmente, incríveis. A minha host mãe já foi logo me dando um abraço, ajudou com as malas, me deu de presente vários cartões para ligar para o Brasil, já falou sobre os planos dela para a minha temporada na casa dela...Enfim, ela foi maravilhosa! O meu host pai foi outra gracinha comigo. Ele disse que estava ansioso para me ver, quando pegou minha mala ainda brincou se havia tijolos dentro dela. A casa deles é muito bonita, limpa e bem cuidada.
Tenho um quarto só pra mim com uma cama gigante! Depois que eles me apresentaram a casa e o gato deles (que é a coisa mais linda e eu juro!), tomei banho e fui para a cozinha conversar com eles. Para a minha surpresa, eles disseram – Ready? We Will go out to eat something...
Ai ai ai ai ai ai, meu Deus! Eu tinha colocado uma roupa de ficar dentro de casa, pedi para trocar e eles disseram que eu estava ótima. Meu pai ainda elogiou a cor do meu vestido! Enfim, foi o jeito ir para um restaurante do mesmo jeito que eu vou ao supermercado aí no Brasil.




Café da manhã de filme



O meu primeiro café da manhã nos EUA foi realmente um café da manhã de filme. Sabe quando a mocinha está atrasada para uma reunião e sai correndo pelas ruas com um casaco na mão e um copão de café na outra? Bem, foi assim que eu e a Mandy nos sentimos nesse dia. O nosso amigo americano nos levou em um drive-thru porque senão chegaríamos  atrasadas para o treinamento no escritório da YMCA. Ele fez o pedido porque dissemos que queríamos experimentar um café tradicionalmente texano. Comemos um pãozinho que parece ser frito na manteiga com geléia de morango, o café veio sem açúcar (e ele não costuma beber com açúcar, por isso não pediu para a gente também) e com um creme. Na verdade, esse creme mais parecia um pouquinho de nada de leite, que não adoçou, nem deixou o café mais cremoso, mas, definitivamente, ficou bom. 

Lembram daquela coisa que eu disse sobre não engordar? Vamos só recaptular: primeiro dia de almoço nos EUA – pizza; segundo dia – sanduíche. Ah, maravilha! #not.

Diferenças

Uma das coisas interessantes sobre a cultura americana e brasileira descobri com a ajuda de um dos americanos que nos hospedou nesta primeira noite em Houston e uma amiga dele. O americano é um professor de matemática e a amiga dele supervisora da escola onde ele trabalha.  Eles ficaram chocados quando eu disse que, no Brasil, existem escolas em que a Middle School (a partir da 5ª série) e a High School (como o Ensino Médio) funcionam no mesmo local e horário. Por aqui, tudo é divido e os adolescentes que já estão na High School e há um glamour nisso. Outra coisa interessante também foi em relação ao planejamento das casas aqui e no Brasil. Quando ocorre terremotos por aqui muitas casas são destruídas, mas não porque estão em um área previamente definida como de risco, como ocorre no Brasil no caso das enchentes. E como no Brasil, há também por aqui famílias que se recusam abandonar suas casas e preferem correr o risco.

Fazendo amigos...


Após o almoço, eu realmente queria apenas tomar um banho e dormir, porém, tivemos ainda um treinamento no escritório da nossa coordenadora em Houston. Ela é ótima, conversa bem devagar e já esteve no Brasil. Ela nos ensinou várias coisas importantes para se fazer, perguntar e viver melhor durante esse verão. Uma das coisas boas do treinamento foi brincar do lado de fora do Office da YMCA de two choices (eu não sei se os americanos têm um nome para essa brincadeira, se não, acho que esse pode ser um bom nome). Além disso, nós experimentamos os sorvetes daqui. Tudo é muito diferente, grande e, infelizmente, calórico.
Eu e a Mandy tivemos então nossa primeira família nos EUA, na verdade, eles se tornaram mais amigos. Dois americanos que dividem o apartamento hospedaram eu e ela na casa deles. Era a aniversário de um deles e, por isso, nós saímos para comer algo diferente (acho que só foi diferente para nós duas, mas enfim...era aniversário dele e fizemos o que ele sugeriu para a comemoração). Neste bar, provamos uma típica comida texana e ainda cervejas do México e do Texas. Tudo estava incrível, mas, como eu disse, tudo é grande no Texas, eu e a Mandy precisamos dividir o prato. 



Spice pizza

A primeira comida americana que provei foi a Spice Pizza do Texas, o engraçado foi que eu experimentei sem ao menos saber que era “a spice pizza of Texas”, eu simplesmente me servi e fui para a mesa. Adorei o prato, pois gosto muito de pimenta – o único problema foi que, para acompanhar, enchi um copo com Dr. Pepper e, meu Deus, eu não gostei. O gosto é muito doce e enjoativo, lembra mais um xarope. Provei o Sprite daqui, mas era muito aguado, acabei optando por uma boa e velha Coca Cola. Uma das maiores preocupações de todas as meninas que participam do ICCP é não engordar. Não sei se todas levaram a sério a ideia de não fazer parte do grupo das gordinhas, mas só comi quatro pedaços de pizza. E se isso é muito para você, devo dizer que o meu recorde em um rodízio foi de 17 pedaços!!!!
Muita coisa é diferente por aqui, mas uma coisa eu garanto..pizza escreve igual. O_o

Arquitetura de Houston

Talvez motivada pelo 500 Days Of Summer eu tenha reparado muito na arquitetura de Houston. Tudo por aqui é bem grande e, ainda não sei se, funcional. Os prédios do centro da cidade são basicamente grandes quadrados cobertos de vidros laminados. É lindo! Do aeroporto de Houston até a Cici’s Pizza, local onde almoçamos, eu quis tirar fotografias de todos os prédios, por mais que não soubesse o que funcionava neles. O americano que nos deu carona riu horrores de mim e disse que ficaríamos mais próximos do centro, que eu não precisava me apressar em tirar fotos. Sinto muito, mas foi impossível controlar.


Embarcando no sonho...







Quando entrei no avião e a tripulação acenou-me com um “Hi, how are you?”, eu percebi que agora era pra valer. Depois de um intenso treinamento no Brasil para ser camp counselor nos EUA, o tão sonhado plano de conhecer outro país e aprender outra língua, outros valores e outra cultura, finalmente, estava a pouco mais do que dez horas de voo. A viagem foi tranquila, consegui dormir naquela poltrona horrível, embora tivesse uma das melhores companhia do mundo – minha sister Amanda Souza – Mandy, de quem ainda vou falar muito.
Claro que eu quis tirar foto de tudo, cada reifeição, passagem e acontecimento diferente do qual estava acostumada. Um dos momentos mais incríveis durante o voo foi quando estávamos sobrevoando em cima do mar e eu pude ver um navio lá embaixo. It was awesome! 



Quando avistei Miami pela janela do avião eu não conseguia acreditar, sim, era eu ali, em um país completamente novo pra mim e com uma expectativa enorme. Havia muitos barcos e todas as construções eram muito iguais, o relevo basicamente plano permitiu uma visão ampla de toda aquela cidade. Me fez lembrar Navegantes, em Santa Catarina, medida as proporções de tamanho e modernidade das cidades. A lembrança veio, especialmente, por causa das embarcações e dos portos ao longo da costa e de alguns rios com barcos estacionados no meio da cidade. Contudo, Miami é, definitivamente, mais luminosa. 


Na imigração outro fato curioso. O homem que me fez a entrevista, perguntou-me se eu estava deixando o meu namorado no Brasil. Eu, simplesmente, liguei o automático e não sei porque cargas d’água respondi que sim. E ele, em seguida, disse se eu estava triste por isso e que não ficasse, pois era provável que eu iria encontrar um “gringo” (e, sim, ele usou essa expressão) e que me casaria com ele. A minha vontade foi dizer: Ok, you can give me a Green Card.   

Em Houston, fiquei encantada com a arquitetura, principalmente do centro da cidade. E esse já é assunto para o meu próximo post.