Páginas

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Dallas

O dia seguinte ao meu aniversário era um sábado e a minha host family já tinha uma programação antes mesmo deles me hostearem - viajar para Dallas para um campeonato de dominó entre jamaicanos, porto riquenhos, dominicanos e todos os caribenhos de modo geral que vivem no Texas.  Acordei um pouco sonelenta ainda, já que dormi tarde devido aos altos papos com a Nathália Lage, minha amiga que dormiu na minha casa no dia do meu aniversário. 

Minha host mother preparou waffles, bacon, ovos e suco de laranja. Tudo estava uma delícia, como as nossas caras na foto abaixo pode bem demonstrar. 
 Meus pais deram carona para a minha amiga, que estava morando a 15 minutos da minha casa em Missori City. Esse trecho da viagem foi bem engraçado e um pouco sem graça, pois a minha amiga tinha esquecido de anotar o endereço da casa dela, ela só sabia mais ou menos a região onde morava. Mas, no fim...tudo deu certo. Deixamos ela em casa e seguimos rumo a Dallas - eu, minha host mother, meu host father e minha little sister. 

No carro da minha host family jamaicana tocava um reggae muito bacana. Uma das bandas que tocou vai, inclusive, estar aqui em Houston para a festa de Gala da Jamaica (tenho certeza que falarei mais sobre essa festa adiante). 


A verdade é que a minha abstinência de horas bem dormidas embaladas pelo reggae jamaicano entoaram uma sinfonia perfeita para o meu sono e eu dormi boa parte da viagem - considerando que Dallas está a 3 horas e meia de carro de Houston. Fizemos uma parada no Mc' Donalds quando já estávamos quase em Dallas. 


Chegando lá, fomos para a casa dos amigos da minha host family  - que também são jamaicanos. Deixamos as nossas malas lá e fomos o clube, onde aconteceria o torneio de dominó. O cenário do clube era idêntico ao de filme de máfia, um galpão enorme com uma entrada pequena na lateral e um amplo portão nos fundos. A entrada dava para uma placa enorme de identificação do clube, havia dois sofás velhos nessa sala e algo parecido com ar condicionado corria pela tubulação do prédio. No cômodo seguinte foi improvisado um espaço para o DJ do campeonato - que tinha de fundo uma espécie de toalha pendurada na parede com todas as bandeiras dos países caribenhos. 


Só depois que chegamos ao clube foi que descobri que o meu pai é o amante de dominó da família, mas que, por ironia ou bizarrice mesmo, ele tinha viajado tudo isso para ser o avaliador dos jogos. Quer dizer, ele mesmo não ia encontrar em uma peça seguer do dominó. A maioria das pessoas que estavam no galpão era de homens - muitos com camisetas organizadas pelo time de dominó, outros com roupas bem informais. Algumas mulheres estavam no local, boa parte delas na cozinha, onde também funcionava o bar do clube e outras estavam sentadas em posição privilegiada para ver os maridos, noivos e namorados disputarem o campeonato.  O calor lá fora era inacreditável, mas as mulheres e alguns homens tomavam sopa dentro do galpão/sauna - que contava apenas com três ventiladores inúteis.

A lógica do torneio é fazer 10 jogos e a dupla que ganhar mais, vai pras oitavas, quartas, semi e finais. No total, tínhamos cerca de seis mesas com quatro pessoas em cada jogando. Uma loucura. Foi aí que a minha ficha caiu e eu percebi que teria um loooongo dia pela frente. 

Os homens gritavam nomes que eu desconhecia e tive a impressão de que até americanos desconheceriam também. No fim, descobri que estava certa, a maioria ali falava patua - um dialeto dos países caribenhos, principalmente da Jamaica. 

O calor lá fora era inacreditável, mas as mulheres e alguns homens tomavam sopa dentro do galpão/sauna - que contava apenas com três ventiladores inúteis. Minha host, então, apresentou-me uma garota que tem 21 anos e que foi supersimpática comigo. Ela nos levou ao shopping mall de Dallas e foi fazer as unhas em um salão ali perto. Eu estava um pouco frustrada porque não queria, definitivamente, fazer compras - já que não tenho dinheiro para isso, mas daí lembrei do torneio de dominó e achei o shopping o lugar mais incrível do mundo. 



Andamos bastante e eu não gostei de muita coisa. É engraçado o gosto que os americanos têm para algumas coisas - no Brasil, seria completamente brega. No fim das contas, tomei uma batida de frutas congeladas deliciosa e comprei algumas coisas na Victoria's Secret. 





O dono do quiosque de frutas era japonês e tinha um jornal na língua dele no balcão e, eu, óbvio, não perdi a oportunidade de atualizar-me sobre as notícias do Brasil e do mundo


 A noite fui a um club com a minha amiga americana, mas que se sente uma legítima jamaicana, por ser filha de jamaicanos. Essa história fica para o próximo post.

Um comentário:

  1. That was a great message in my carrier, and It's wonderful commands like mind relaxes with understand words of knowledge by information's.
    PEGA Training in Chennai

    ResponderExcluir